Ao longo da história, podemos comprovar a atuação e o verdadeiro valor que estes seres apresentam e representam na construção do nosso país e de nossa identidade. Legar à esses valorosos irmãos, dias ,onde são comemorados geralmente os infortúnios sofridos, é desconhecer de um todo a cor, a origem e o sangue das nações sacrificadas, em favor dos interesses de quem sempre quis dominar: aquele que tem mais, pode mais e é mais forte, colocando seus desejos sobre a vontade, a liberdade, o direito à vida do outro. Escravidão nunca mais. Hoje como afrodescendentes e negros, temos direitos ao desenvolvimento e ao crescimento intelectual. Custaram muitos litros de sangue, mas conseguimos. Perdemos valorosos entes queridos e os vimos sucumbir diante da indiferença e crueldade do dominador. No entanto, nossa vontade por uma vida nova também cresceu, criando dentro de cada oprimido, uma força capaz de liderar novos conceitos e difundir um mundo diferente do que matou nossos ancestrais. Liberdade é vida e vida se faz com respeito, imposição, dignidade e valorização daquilo que se tem ou que se conquistou. Não é preciso que você tenha uma consciência negra. Você precisa apenas saber ver o outro, respeitar os seus limites e se colocar numa igualdade onde a linha que os separa, não seja violada. Seria ótimo se pudéssemos sempre ver no outro aquelas qualidades tão evidentes, aqueles valores tão raros, que o nosso racismo interior não nos permite ver.
Posso falar sobre o tema, porque sou um negro de pele clara, que não se envergonha de ser negro de sangue e de coração ( professor Jurandy Santos Nascimento, afrodescendente. )
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